O desenvolvimento da experiência começou com o planejamento baseado no levantamento de dados, criamos um fluxo de trabalho que ajudou a reunir ferramentas que embasasse nossas ações. Tais ferramentas tinham que ser bilaterais, pois tinham que mostrar a realidade da educação e também da saúde. Então começamos a elaborar a estratificação epidemiológica e traçar o perfil das áreas com mais casos de malária, mais em conjunto, também estávamos analisando o censo escolar e a PENSE (Pesquisa Nacional de Saúde Escolar), bem como as bases da educação do campo, tendo em vista que a maiorias das escolas estão inseridas nesse território. A partir dessas análises, selecionamos as duas localidades piloto, sendo elas as comunidades do carvão e do rio preto. A parceria sempre aconteceu de forma equânime, para que tanto a educação e saúde se sentissem contempladas, e tivessem o protagonismo conjunto na ação. Após o planejamento e a seleção das escolas que receberiam as ações, partimos para o momento das oficinas, com o intuito de criar ferramentas lúdicas que prendessem a atenção das crianças durante as atividades. As oficinas ocorreram com os técnicos escolares, e delas saíram produtos como rimas, poesias, jogos e atividades escritas. O próximo passo foi a mobilização social, onde precisávamos que a comunidade fosse inserida nesse processo, e foi dado a ela a atribuição de divulgar as ações, sendo estas, sempre se comunicando a um líder comunitário ou agente comunitário de saúde. A escola que seria feita a ação, para que houvesse uma mobilização para participação tanto do alunado, quanto da comunidade. A primeira ação aconteceu na comunidade do carvão, e abrangeu alunos da escola Tia Chica. Neste momento, utilizamos: o mosquito de tamanho aumentado, as poesias da gotinha de sangue e da prevenção e as atividades escritas que propõem habilidades como pintar partes do corpo que estão expostas a picada do mosquito; decifrar o labirinto que leva o agente de endemias até a criança com sintomas; sinalizar no mapa os locais com maior número de mosquitos e circular o vetor da malária. A segunda ação aconteceu na comunidade do rio preto, e abrangeu a escola Vanderléa dos Santos Pena. Nessa comunidade, utilizamos o jogo da memória da malária onde mostra imagens sobre as formas de prevenção e sintomas, assim como a utilização do “dinoscópio”, um microscópio infantil em formato de dinossauro, que utilizamos para chamar a atenção das crianças para importância do diagnóstico; bem como atividades como caça palavras, sete erros e pintura.